O país, independente politicamente desde 1975 continua economicamente dependente, pois vive de importações e com uma economia fortemente debilitada pela diminuição da produção e comércio do cacau e café, os seus produtos de exportação. A esta situação de per si difícil, soma-se hoje o aumento do petróleo no mercado internacional com as suas consequências nefastas no aumento do custo de vida nesta ilha que necessita importar a maioria absoluta dos produtos de primeira necessidade: produtos alimentícios, têxteis, calçados, medicamentos, materiais de construção, combustíveis, etc.
As ilhas de São Tomé e Príncipe perdidas neste imenso mar azul são de uma beleza natural própria do seu Criador que colocou nelas uma exuberante vegetação regada por numerosos rios. A Companhia à convite do Sr. Bispo D. Abílio Ribas, chegou em 1989 e estabeleceu-se na ilha de São Tomé, em Angolares, Distrito de Caué, zona sul. Apenas conhecer a situação real da extensa zona as Irmãs compreenderam que só através da
Educação Integral, e de maneira muito especial da mulher, se poderia conseguir outras vias de desenvolvimento sócio-económico. Também viram que, o facto de o único Centro de Ensino Secundário Básico da zona estar sediado em Angolares deixava a maioria absoluta das meninas das famílias sem recursos residentes nas Roças mais afastadas e de difícil acesso, apenas com a 4ª classe de primária sem a possibilidade de continuar.
Foi assim que as Irmãs começaram a sonhar com um Centro Social de acolhimento que funcionaria em regime de internato durante o tempo lectivo para além de outras actividades. Com ajuda da Providência que foi suscitando benfeitores: C.E.I, Misereor, S.Pedro Claver, a Companhia e pessoas de boa vontade, a construção começou em 1992 e depois de muitos contratempos, o Centro Social: “Centro Teresiano de Educação e Promoção da Mulher” – Zona Sul, em outubro de 1996 abriu as suas portas ao primeiro grupo: 10 meninas provenientes das Roças de Porto Alegre, Emolve, Ribeira Peixe e Dona Augusta. E como diz a Santa Madre “todos os princípios são penosos” verdadeiramente os nossos princípios foram muito penosos, dificuldades de toda ordem: de saúde, económicas, comunicação, etc, etc.
O CENTRO SOCIAL DE ANGOLARES oferece às meninas um ciclo de Formação – Educação – Promoção por um período de quatro anos lectivos com três aspectos:
- Ensino Secundário Básico no único Centro de Ensino Oficial da Zona Sul;
- Áreas Complementares de Formação Humana, Moral e Cristã a receberem no Centro;
- Formação Profissional Inicial:
- Corte e costura,
- Malhas e bordados,
- Noções básicas de Administração doméstica,
- Noções básicas de avicultura,
- Noções básicas de serviços primários de higiene e saúde.
Perante o aumento de número de meninas do Centro de Angolares a 23 terminar 8ª classe, a impossibilidade de continuar a envia-las a Angola e o pedido insistente dos familiares e as próprias meninas preparou-se um novo Centro Social e desta vez na capital, cidade de São Tomé, sede do único Liceu Nacional do País.
Assim o: CENTRO SOCIAL DE SÃO TOMÉ acolhe as meninas que terminando o Ensino Básico em
Angolares querem continuar os estudos Liceais, oferecendo-lhes a oportunidade de: um Ciclo de
Formação – Educação – Promoção por um período de três anos lectivos com o seguinte currículo:
- Ensino Médio ou pré-universitário no Liceu Nacional.
- Formação Humana, Moral e Cristã no Centro e na Paróquia.
- Preparação Profissional em Instituições oficias ou privadas nos domínios de:
- Informática
- Contabilidade
- Corte e Costura
- Croché e Bordados
- Culinária e Pastelaria.
- Uma frequenta um Curso de Corte e Costura Profissional.
- Duas, o Curso de Informática.
- Uma, o Curso de Contabilidade.
- Duas, o Curso de Inglês e
- Uma, o Curso de Francês.
São Tomé e Príncipe, terra abençoada como os próprios a chamam, é uma terra onde a riqueza de uns poucos começa a contrastar com o aumento da pobreza em muitos pela corrupção que vai em aumento.
Ser jovem em São Tomé neste momento significa não ter esperança de se integrar socialmente; significa não ter nenhuma perspectiva de vida em relação ao futuro, sobretudo o jovem da Roça. Isto pode traduzir-se em insatisfação e pouco apreço pela vida, o que constitui um desafio.
Comunidades de Angolares e São Tomé.
SOU MARIA JUNQUEIRA ASSISTENTE SOCIAL E GOSTARIA DE FAZER PARTE DESTE GRUPO, SOU BRASILEIRA DO INTERIOR DE MINAS GERAIS.
ResponderEliminarAGUARDO CONTATO
OBRIGADA UM ABRAÇO
MARIA JUNQUEIRA
Sou religiosa da Companhia de Santa Teresa de Jesus, conhecida por Irmãs Teresianas, vivo fora de África e conheço este Centro de Formação ou Promoção da Mulher. A minha inquietação é que o Projecto vai decaindo por falta de apoio que garantam a continuidade do referido Centro.
ResponderEliminarLanço o apelo a quem se sentir vocacionado/a a acudir até mesmo a nível de formação em alguma das áreas que o Centro oferece.
No entanto, esperemos pelo fim do estado de confinamento a que estamos todos sujeitos nesta fase de pandemia provocada pelo coronavirus.