Está localizada junto a um par de pequenos rios e a principais actividades são a pesca e as culturas de cacau e café.
Pensa-se que o nome desta cidade deriva da lenda do naufrágio de um navio que terá embatido no rochedo Sete Pedras no século XVI. Este navio transportava escravos angolanos colonizariam a área e cujos descendentes vivem na cidade hoje. Porém, outros proclamam que os Angolanos são na realidade descendentes de uma população pré-europeia na ilha. A população da cidade fala Angolar, um idioma crioulo único.
Enquadramento sócio-económico-sanitário:
Em S. Tomé e Príncipe, 40% da população não tem acesso a água potável e 80% não acede ao saneamento básico. Trata-se de uma população com elevadas taxas de analfabetismo e graves problemas de pobreza – em 2001, 38,7% da população vivia no limiar da pobreza e 15,1% na pobreza extrema (OMS:2006: pg.8). Deste cenário resulta a incidência de diversas patologias. S. Tomé e Príncipe é mesmo um dos países do Mundo mais afectados pela malária, estando esta na base de muitos dos casos de absentismo e baixa produtividade.
As carências sentidas no sector da saúde vêm agravar este cenário. O sector tem uma generalizada e continuada falta de meios que se reflecte nas fracas condições de trabalho e na desmotivação do pouco pessoal qualificado. Como consequência, o sector de saúde pública tem tido dificuldade em manter os seus técnicos qualificados e ressente-se, ainda, da insuficiente formação dos agentes sanitários. Esta limitação impede, para além de uma melhor qualidade dos cuidados de saúde prestados, a sensibilização, junto da população, para noções básicas de saúde, bem como sobre alternativas viáveis para melhorar as suas condições de vida, mesmo em contexto de pobreza.
A situação da saúde em S. Tomé e Príncipe permanece, desta forma, como um dos maiores obstáculos ao seu desenvolvimento, perpetuando-se um alarmante panorama de morbilidade e mortalidade.
O Distrito de Caué é considerado o segundo distrito mais pobre do país com 65% da população a viver abaixo do limiar da pobreza (OMS:2006: pg.9). Tradicionalmente um distrito isolado, Caué tem assistido nos últimos anos a um crescimento no investimento em diferentes actividades do distrito. Também na área da saúde tem sido notório o aumento do investimento, não só traduzido em recursos humanos e materiais como na organização das infra-estruturas de saúde, por parte do sistema nacional de saúde.
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